quinta-feira, 14 de julho de 2011

primêro compasso

Eu pequeno que sabia cantá!
Naí crescendo, dei pra me explicá o que eu já sabia, cruzado cas coisa que eu vievia. Naí, me confundi.
E na hora de um segundo, eu num sabia o que eu sabia. E o que eu achava que era, nem fingia. O caminho não rolava e a rota me roía. Parei praveriguá. No chão que nuachei, nem mil veiz lá no fundim... Pois pasmei foi di vê que meu óculo de pivete tinha caído era pra riba. E que eu só ía alcançá em crescê mais um tantim.
Que harmonia que me deu revestir as lente da primêra vista: O mundo girô na vitrola um som que eu já conhecia!
Hoje eu vô nesse passo, preu bem proveitá dessa melodia.
Se teu coração batê no compasso, sempre prezo uma companhia!

sábado, 25 de junho de 2011

meu core

Às veiz, eu ouço alguém falando uma outra língua, que não a nossa brasileira, e me pulsa uma veia ranzinza. Critíco na cabeça sem olhar meu próprio rabo. Que eu, que nasci em casa de gringo, mando sempre uma palavra estrangeira, pra la e pra cá. Às veiz, é uma questão de dizer o que nosso povo não sabe dizê mêmo. Às veiz, num tem tradução. Que nem, a gente fala da saudade, canta a saudade, sente saudade pra caramba! Nossos colonizadores eram uns latino viajante, samo intenso e quando o amor tá longe, dá saudade! Os outro, os europeu, os nórdico também sentem saudade, claro que sentem, mas não diviam sabe falar sobre isso, então não inventaram a palavra.
No inglês, coração é "heart" e o centro de alguma coisa é o "core". Uma das definições disse - "O centro de uma fruta carnuda, onde ficam as sementes". Tem umas sementes que ficam lá, bem no fundo do coração, no core. Parecendo que não tão, porque elas ficam bem quietinhas, bem semente mesmo, das que podem passar uma vida inteira esperando a oportunidade de germinar.
Fui só olhar no fundo da gaveta, não era pra germinar nada... agora fico eu aqui, meu core e eu.

terça-feira, 22 de março de 2011

Poizé.

Cêis era criança e ela era muito da isquizitinha.
I cê só sabia d'amiga, a lôrinha.
Aí ceis cresceram.
A lôrinha num presta, nunca prestô.
Ia isquizitinha ficô linda, má linda di duê... mêmo.
Poizé, i cê é aquele qui só sabia da lôrinha.
- você não é aquele amigo da..., o Zé?
- É, sôssim...
Tome Zé!
Poizé.